Um amor chamado Palmeiras

Bem... quem me conhece, sabe a paixão que eu tenho pelo meu verdão... Essa paixão sempre esteve bem acesa, mas pegou fogo um dia desses...
Por uma enorme coincidência do destino, eu já nasci com o Palmeiras em minha veia, em meu coração, pois naquele exato dia em que nasci (26/08/1984), o meu verde completava exatos 70 anos (26/08/1914). Essa paixão me acompanha por décadas. Sempre fiel à ele, sempre compareci a seus jogos aqui em Fortaleza, e ainda terei o prazer de conhecer o campo sagrado do Palestra Itália, onde meu porcão manda seus jogos. Seus espetáculos.

Segue aqui, o que aconteceu exatamente no dia 29/04, entrando pelo dia 30/04 (aniversário de seu Benvindo, meu estimado pai)...

O primeiro tempo, eu ouvi todo pelo rádio. O jogo era fora de casa, mais precisamente no Chile, e era a última partida pela fase classificatória da Libertadores. Ao meu verdão, só interessava a vitória, já que empate ou derrota tirariam o time definitivamente da competição.
No segundo tempo, perdemos logo um jogador, expulso, tornando minha tensão cada vez mais evidente e incessante. Eu estava praticamente em outro mundo, só éramos eu e meu verde nele, até que:

Lá estava eu, no meu quarto escutando o jogo pelo rádio, aos 40 minutos do segundo tempo. Quando o narrador aumentava a voz, eu me levantava, pulava e gritava. De repente minha irmã grita: “Alexandre, vem, o jogo do Palmeiras tá na TV!!!
Eu a sigo, ficamos então eu e ela num quarto. Meu pai no outro, eu com um dia especial em mente. Minha mãe, pra variar, e devido ás suas obrigações diárias, já dormia há um bom tempo.
De repente, TUDO fica quieto, o mundo parou, ficou estático por 1 segundo. A Dalila está do meu lado, eu estou de olhos fechados, só ouço quando ela diz: não acredito, foi gol... O tempo para de passar só para gritar o Gol do Verdão.

O Leonardo , que estava no MSN tentando por várias vezes me desconcentrar (rsrsrsrs) , contando a maior vitória porque meu verde estava saindo da competição, simplesmente escreve: “pqp”.

Quando me levanto e o silêncio passa, eu escuto a voz do narrador: Bateu pro... Gool! E que GOLAÇO!
Puta que pariu (foi mal). Na hora , eu pensei em chorar, rir, gritar; abri a porta da sala, e gritei até minha garganta não aguentar, de tão áspera que ela ficasse. Quando viro para trás, meu pai na porta, com um grande sorriso olhando para mim. O que eu fiz? Corri pro abraço como se eu tivesse feito o gol no jogo. O abracei e desmoronei; não parei de chorar, depois sentei na cadeira em frente à tv e ele, com um sorriso nos lábios e nos olhos,me disse, como só um pai, humilde e dedicado, diz nessas horas:

"Amanhã é meu aniversário, mas quem está de parabéns e recebe o presente é você”.

Ahh, minha mãe? Acordou, perguntou se eu tinha tomado um choque, e depois voltou a dormir... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Já eu, não dormi naquela noite... Meu verde estava classificado para a próxima fase da libertadores...